Por Ivan Santos, no Bem Paraná:
O governador Orlando Pessuti (PMDB) embarca no final da tarde de hoje para Brasília, para nova rodada de negociações em torno das alianças para as eleições de outubro. Pré-candidato peemedebista à reeleição, Pessuti se encontra na quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tenta atraí-lo para uma aliança que inclua além do PT, o PDT do senador Osmar Dias, também pré-candidato ao governo. Antes do encontro com Lula, porém, o governador se reúne com o presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP).
Temer já foi confirmado pelo PMDB como o vice na chapa da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Roussef. E também tem a responsabilidade de costurar as alianças regionais entre os dois partidos.
O PT tenta convencer Pessuti a abrir mão da candidatura ao governo em favor de Osmar Dias, como forma de evitar que o pedetista aceite a proposta do PSDB, e integre a chapa do candidato tucano ao governo, Beto Richa, como candidato à reeleição para o Senado. Osmar vem polarizando as pesquisas de intenção de voto para o governo com Richa, e é visto como a melhor alternativa para garantir um palanque competitivo para Dilma Roussef no Estado.
Pessuti, porém, não admite qualquer possibilidade de desistir de disputar o governo, e oferece seu palanque a Dilma em troca do apoio do PT às suas pretensões. O presidente estadual do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi, que vai a Brasília junto com o governador, afirma estar “cauteloso” sobre o resultado do encontro com Lula, mas “confiante”. Os peemedebistas apostam que com a possibilidade cada vez maior de que Osmar desista para integrar a chapa tucana, os petistas não teriam outra escolha a não ser apoiar Pessuti para o governo.
Os petistas, porém, rejeitam qualquer possibilidade de coligação com o PMDB na chapa de candidatos a deputado estadual e federal – condição cobrada pela bancada peemedebista para fazer a aliança com o PT. Boa parte dos deputados do partido do governador não esconde a preferência pela candidatura do tucano Beto Richa ao governo, e ameaça levar essa proposta à convenção do partido, caso Pessuti desistir, ou o PT não garantir a coligação proporcional. Cálculos dos próprios peemedebistas apontam que sem aliança na chapa proporcional, o partido não reelege dez dos atuais dezessete deputados estaduais e metade dos sete federais.
terça-feira, 1 de junho de 2010
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