quinta-feira, 28 de outubro de 2010

PUGLIESI NA IMPRENSA: PMDB é cobiçado por tucanos e democratas na Assembleia

Por Elizabete Castro, em O Estado do Paraná:

Dono da futura maior bancada em plenário na Assembleia Legislativa do Paraná, o PMDB já está sendo disputado pelo DEM e PSDB no início das articulações para a eleição dos ocupantes dos nove cargos da Mesa Diretora.

Os deputados Valdir Rossoni (PSDB) e Durval Amaral (DEM), os primeiros a se movimentarem como candidatos à presidência da Casa na próxima legislatura, pediram o apoio da bancada peemedebista que está dividida.

O líder da bancada e presidente estadual do partido, Waldyr Pugliesi (PMDB), disse que o partido vai buscar uma posição de consenso sobre a disputa da Mesa, marcada para fevereiro do próximo ano, quando os novos deputados e os reeleitos tomam posse.

“Estamos trabalhando em torno da unidade da bancada. Será uma decisão coletiva”, disse Pugliesi, após receber Rossoni para uma reunião com a bancada ontem pela manhã.

O encontro com Amaral ocorreu na semana passada. Em troca dos votos do maior partido em plenário, os dois pré-candidatos oferecem aos peemedebistas a indicação do 1.º secretário, o segundo cargo mais importante da Mesa após o de presidente, sucedido pelo cargo de 2.º secretário. São as três posições principais que compõem a Mesa Executiva.

Possibilidades

Entre os peemedebistas, dois nomes têm chances de obter a indicação para a 1ª secretaria. O atual ocupante do cargo, Alexandre Curi, e o deputado Luiz Claudio Romanelli.

Curi é amigo pessoal do governador Beto Richa (PSDB), a quem apoiou na disputa para o governo do Estado, contrariando a orientação do PMDB que compôs a chapa do senador Osmar Dias (PDT) com o candidato a vice-governador, Rodrigo Rocha Loures, que também é peemedebista.

Mas Curi tem um passivo no cargo, já que é membro da Mesa Executiva atual que teve sua gestão abalada pelo escândalo dos Diários Secretos, denunciados pelo grupo RPC e que gerou investigações ainda em curso do Ministério Público Estadual e Polícia Federal. Romanelli tem mais chances na chapa de Rossoni.

Apesar da convivência tensa que tiveram nos últimos anos - o peemedebista foi líder do governo Roberto Requião (PMDB) e o tucano exerceu a liderança da oposição - Rossoni e Romanelli são afinados quando o projeto é a disputa da Mesa Diretora que os contrapõe ao grupo liderado pelo atual presidente Nelson Justus (DEM), que deve apoiar Durval Amaral.

O PMDB não vai decidir sua posição até o resultado das eleições do próximo domingo. Na avaliação da bancada, em caso de vitória de Dilma Rousseff, a candidata do PT à presidência da República, o PMDB ganha mais poder de fogo na negociação. E segundo Pugliesi, não se descarta a hipótese de o partido lançar o seu próprio candidato à presidência da Assembleia.

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