sexta-feira, 11 de junho de 2010

Paraná já tem mais de 19 mil empreendedores

Olha que boa notícia. O blog dos Amigos do deputado Waldyr Pugliesi reproduz uma notícia muito positiva sobre os paranaenses. Temos mais de 19 ml individuais, aqueles microempresários que saem da informalidade. No caso, eles contaram com o apoio fundamental do Sebrae-PR e das políticas de incentivo fiscal do governo do PMDB com Roberto Requião e agora com Orlando Pessuti.

Leiam a seguir a íntegra da reportagem da assessoria do órgão:

Ator-chave no processo de formalização dos empreendedores individuais, contador exerce uma importante função ao orientar sobre a nova categoria empresarial e assessorar o autônomo até a formalização completa do negócio

Mais de 19 mil empreendedores já saíram da informalidade no Paraná graças à Lei Complementar 128, que instituiu a figura jurídica do Empreendedor Individual, em julho de 2009. É o que aponta o último relatório divulgado pelo Sebrae/PR em 8 de junho, com dados apurados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A nova legislação, que passou formalizar empreendedores no Paraná a partir de setembro do ano passado, com a entrada em operação do Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br), foi instituída para facilitar a formalização de manicures, chaveiros, pintores, artesãos, costureiras, sapateiros, cabeleireiros, entre outros empreendedores, que faturam, no máximo, até R$ 36 mil por ano e podem gerar até um emprego direto.

Os 20 municípios do Paraná que têm mais empreendedores individuais formalizados, de acordo com o levantamento, são: Curitiba (3.451); Londrina (945); Foz do Iguaçu (772); Cascavel (750); Maringá (648); Ponta Grossa (613); São José dos Pinhais (427); Toledo (396); Apucarana (330); Paranaguá (301); Colombo (299); Araucária (274); Pinhais (234); Paranavaí (233); Arapongas (231); Umuarama (213); Pato Branco (208); Guarapuava (193); Sarandi (186) e Campo Mourão (183).

Para o coordenador de Políticas Públicas do Sebrae/PR, Cesar Rissete, os dados apontam que os empreendedores paranaenses estão buscando a formalização, o que gera benefícios a curto prazo, como geração de emprego e renda, e, também, influencia o desenvolvimento sustentável dos municípios. “A informalidade é prejudicial para os municípios, pois desequilibra a economia. Os números mostram que há um alto comprometimento dos atores envolvidos no processo de formalização, como entidades, prefeituras, contadores e os próprios empreendedores, um movimento fundamental para diminuir os índices de informalidade no Estado. No Sebrae/PR, quem quer se formalizar encontra orientações sobre gestão empresarial e todo o apoio durante o processo”, explica Rissete.

Quem se formaliza, além dos registros no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), na Junta Comercial e na Previdência Social, também vai usufruir de vantagens previdenciárias como aposentadoria, auxílio-doença e auxílio-maternidade. Com o CNPJ e a possibilidade de poder emitir nota fiscal, o empreendedor individual tem a oportunidade de conquistar novos clientes e mercados participando, por exemplo, de licitações ou entrar nas chamadas dispensas de licitação.

Ator-chave no processo de formalização dos empreendedores, os contadores exercem uma importante função ao orientar sobre a nova categoria empresarial e assessorar o autônomo até a formalização completa do negócio. A avaliação é da consultora do Sebrae/PR, Juliana Schvenger, responsável pela Central Fácil do Sebrae/PR, que, além de auxiliar na abertura facilitada de micro e pequenas empresas, também tem orientado informais a se formalizarem.

Exemplo
A contadora Janette Herdina Comitti, proprietária do escritório JHC Contabilidade, em Curitiba, defende a importância dos profissionais da classe contábil participarem ativamente do processo de formalização, oportunizando que um número maior de empreendedores deixem a informalidade. Para isso, Janette Comitti, que atua na área desde 1976, assumiu uma postura proativa e passou a procurar potenciais empreendedores individuais nas ruas.

“Tento explicar aos profissionais que atuam na informalidade as vantagens de se tornarem empreendedores individuais, como o auxílio-doença, acesso à Previdência, garantia de uma aposentadoria. Além disso, formalizados esses empreendedores podem buscar crédito em bancos. Deixo meus cartões com eles e se 10% das pessoas que eu já conversei me procurarem, já me dou por satisfeita”, conta.

Janette Comitti ainda explica que foi beneficiada com a mudança do sistema de tributação que alterou as tabelas que definem as atividades exercidas por micro e pequenas empresas e que podem aderir ao Simples Nacional. “Escritórios de contabilidade passaram a fazer parte do Anexo III. Com isso, eu passei a pagar menos impostos e tive condições até de gerar mais empregos. Por isso, me sinto na obrigação de ajudar outras pessoas”, observa.

Outra resolução, que entrou em vigor com a aprovação da Lei do Empreendedor Individual, definiu que os escritórios de contabilidade integrantes do Simples Nacional devem fazer, gratuitamente, o registro e a primeira declaração anual desses empreendedores individuais. “Quando converso com as pessoas, eu digo que o processo não terá custo nenhum e muitos não acreditam. Então, eu informo que somos obrigados a fazer a formalização e prestar assessoria para os empreendedores sem cobrar nada. Essa é uma forma de ajudar esses trabalhadores a saírem da clandestinidade”, diz a contadora.

Para a consultora do Sebrae/PR, Juliana Schvenger, a iniciativa de Janette Comitti é um exemplo do papel transformador que os contadores podem exercer no sonho de muitos empreendedores que estão à margem do mercado formal de trabalho. “A iniciativa dela é positiva, pois ela quer ajudar as pessoas a saírem da informalidade. Ela está mostrando que quer cumprir o papel dela, já que é optante do Simples. A sua postura é um exemplo para outros contadores. Além disso, esses empreendedores são potenciais clientes, pois no futuro esses empresários vão precisar de outros serviços e é importante que ele tenha uma pessoa de referência para recorrer”, avalia Juliana Schvenger.

A consultora do Sebrae/PR ainda observa que há a possibilidade de o empreendedor individual faturar mais de R$ 36 mil e se tornar uma microempresa ou pequena empresa. “A intenção é que os empreendedores individuais cresçam. Com isso, eles vão precisar de outros serviços contábeis,”, salienta a consultora.

Formalização
Podem se formalizar empreendedores da indústria, comércio e serviço - exceto locação de mão de obra e profissões regulamentadas por lei - com receita bruta anual de até R$ 36 mil. Os interessados, que pagarão entre R$ 52,15 e R$ 57,15 de tributos, devem ter no máximo um funcionário com renda de até um salário mínimo mensal ou piso da categorial profissional.

Todo o processo de formalização é feito no Portal do Empreendedor, pelo endereço www.portaldoempreendedor.gov.br. A consultora do Sebrae/PR, Juliana Schvenger, orienta que antes de acessar o Portal, o empreendedor deve buscar informações para ter clareza sobre a natureza do seu empreendimento, pois serão aceitos apenas negócios que não ferem a legislação local. “É importante ressaltar que o empreendedor individual deve consultar a prefeitura do município, por meio da consulta comercial ou consulta do endereço na secretaria de urbanismo, antes de fazer a formalização no Portal para que não tenha problemas futuros. O empreendedor individual vai ser um empresário, com suas responsabilidades como pagamento de impostos. Por isso, é tão importante a figura do contador. É preciso, também, que ele busque orientações na área de gestão empresarial, pois não basta só abrir o negócio e sim mantê-lo no mercado”, diz.

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