Missão uruguaia visita Arranjos Produtivos no Norte do Paraná. Roteiro inclui Arapongas

Uma comitiva uruguaia integrada por representantes do governo e do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, estará no Paraná, de 25 a 28 deste mês, para conhecer as atividades do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae-PR) e o Centro de Desenvolvimento de Tecnologias para a Integração Transfronteiriça das Pymes do Mercosul (CDT-AL).

A visita mais importante é a que a missão do Uruguai pretende fazer aos bem-sucedidos Arranjos Produtivos Locais (APLs) de Londrina (tecnologia da informação), Arapongas (móveis e madeira) e Apucarana (bonés).

A comitiva tem a frente Tomás Bernardo Alonso Bastreri, coordenador da Corporação Nacional de Desenvolvimento, e conta com Eduardo Pereyra, diretor da Dinae – Direção Nacional de Emprego; Enrique Gallicchio, coordenador-geral do Programa Nacional ART Desenvolvimento Local; Julio Ceizar Vinholes Pinto, assessor da intendência (prefeitura) de Cerro Largo; e os prefeitos Ana Patricia Ayala (Artigas) e Marne Osório (Rivera).

Segundo o secretário executivo do Codesul, Santiago Gallo, os visitantes participam no dia 26, pela manhã, de duas reuniões na sede do Sebrae-Pr, em Curitiba. “Já as visitas aos APLs estão programadas para os dias 27 e 28, começando por Arapongas, o segundo maior pólo moveleiro do país, onde a comitiva uruguaia será recebida pelo prefeito Beto Pugliesi”, afirmou.

O pólo moveleiro de Arapongas conta com cerca de 200 indústrias, que empregam mais de 10 mil pessoas. O faturamento anual ultrapassa a R$ 1,2 bilhão. Juntas, elas correspondem por 64% do PIB – Produto Interno Bruto, do município de quase 100 mil habitantes.

Em Apucarana, o grupo será recebido por Mariza Zanini da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. As 141 indústrias e 390 facções domiciliares de Apucarana fabricam mais de 44 milhões de bonés e empregam 5 mil trabalhadores.

No dia 28, a missão do Uruguai visita o Centro de Tecnologia da Informação, na companhia de Santiago Gallo e do consultor do Sebrae, Joel Franzim, além de representantes da ACIL – Associação Comercial e Industrial de Londrina.

Em 2005, algumas empresas paranaenses se uniram em arranjos produtivos, como forma de trocar informações, investir em capacitação e construir um ambiente favorável para a implantação de políticas públicas que promovam a competitividade do setor.

Atualmente, os seis APLs do Estado são considerados exemplos de sucesso e firmam o Paraná como um forte polo nacional de desenvolvimento de software e serviços de Tecnologia da Informação, reunindo cerca de 300 empresas, sendo a maioria de pequeno porte. Juntas, geram cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos e faturam, juntas, em média, R$ 285 milhões ao ano.