“Que razão maior todos nós teríamos para não apoiarmos as políticas públicas que foram implantadas nesse país pelo presidente Lula? Quantos milhões de brasileiros ascenderam socialmente, subiram?”
“ E o presidente na sua fala bateu numa tecla que me é pessoalmente muito cara, durante dezenas e dezenas de anos defendi os partidos como instrumento de construção de um regime democrático e de uma nação pela qual todos nós aspiramos”
“ De Curitiba ao Afeganistão temos 13,8 mil quilômetros, mas quero levantar minha voz contra estes criminosos que vão fazer com que sejam amputados pernas e braços de crianças afegãs, um país desértico, miserável, invadido por este canalha comandada pelos Estados Unidos”
Trechos do pronunciamento do deputado Waldyr Pugliesi nesta segunda-feira (2). Para ler a íntegra basta clicar no diretório “Mais informações” logo abaixo:
Senhor presidente, senhoras e senhores deputados.
Nós estivemos presentes no comício presidido pelo companheiro Lula no final de semana aqui na Boca Maldita. Queria fazer alguns comentários em relação a este acontecimento.
Antes de chegar ao palanque armado deputados, o presidente foi parado por uma moça que se apresentou como ex moradora de rua e que hoje está cursando a Universidade, graças ao PróUni (Programa Universidade para Todos) do Governo Federal.
Então, que razão maior todos nós teríamos para não apoiarmos as políticas públicas que foram implantadas nesse país pelo presidente Lula? Quantos milhões de brasileiros ascenderam socialmente, subiram?
Milhões deixaram de passar fome neste país. Um presidente que nasce no Nordeste, vem em cima de um caminhão para o Sul, poderíamos dizer semi-analfabeto até determinada época de sua vida, e se transforma no presidente que mais implanta universidades neste país.
E, como ele mesmo falou, senhores deputados, um socialista, um operário ensinando empresários a fazerem a prática correta do capitalismo.
E o presidente na sua fala bateu numa tecla que me é pessoalmente muito cara, durante dezenas e dezenas de anos defendi os partidos como instrumento de construção de um regime democrático e de uma nação pela qual todos nós aspiramos.
Não esse quadro político que estamos vendo, postiços, epidérmicos muitos partidos aparecendo na boca as eleições para talvez levantarem um troco a espera da próxima eleição.
Não. Não é assim e falo com a autoridade de alguém que fundou o MDB e o PMDB, partido que presido neste momento pela quinta vez na sua história.
Então, o próprio presidente falou aquilo que temos falado, se você está numa sigla partidária e quer desrespeitá-la, a porta está aberta para ir embora.
Então, deveríamos fazer essa reforma política dando possibilidade dos candidatos se apresentarem como candidatos avulsos, aí não deveriam se submeter ao ideário de nenhum partido e o povo decidiria através das urnas, dos votos aquilo que deveria acontecer.
Agora, deputados, um presidente como o Lula, que está pregando aquilo que quantas vezes falamos nesta tribuna, defendendo a existência do Estado Palestino.
Não somos contra a existência do Estado de Israel, mas queremos que haja sim, a criação do Estado Palestino, para que a paz possa imperar no mundo todo.
É aquilo que o presidente falou: os Estados Unidos são especialistas em criar problemas. Mas, eles não sabem resolver os problemas que eles mesmos, muitas vezes criam.
Deputado Elton Welter, vejo aqui na Tribuna a Ellen (Welter), sua filha. Vou dizer para vocês todos, deputados, que me senti muito indignado neste final de semana, quando vi na televisão uma cena de várias crianças afegãs, lá do Afeganistão logicamente.
De Curitiba ao Afeganistão temos 13,8 mil quilômetros, mas quero levantar minha voz contra estes criminosos que vão fazer com que sejam amputados pernas e braços de crianças afegãs, um país desértico, miserável, invadido por este canalha comandada pelos Estados Unidos.
Um dia é agressão à Coréia. No outro dia o Vietnã. No outro dia, Argélia. Aos países árabes. Ao Iraque. Ao Afeganistão. A Cuba, uma ilha que eles transformaram numa “putaria” para os ricos norte-americanos.
Não é possível se calar. Não consegui dormir em paz, senhor presidente, olhando uma criança talvez com a mesma idade da Ellen, que está aqui. Ela, mexendo com a mão esquerda e a mão direita não existe. Porque os americanos foram lá bombardeá-la, matá-los!
Me lembro, deputados, de um pai palestino, com a filha nos braços, morta e vinha um pessoal de um grande canal de televisão, num debate, uma insignificante pessoa que faz jornalismo, dizendo o seguinte: “Olha, dentro desta escola existiam terroristas”.
Conversa fiada! Estavam lá professores e crianças palestinas. E estes fazedores de guerra, de miséria, de desgraça, estavam lá, jogando bombas em cima destas crianças.
E sai o pai, deputado Elton Welter, com a filha no colo, morta. Me lembro da pequena vietnamita correndo pelada na rua porque os americanos tinham jogado lá o agente laranja, bombas que queimaram sua pele e que queimaram suas roupas.
E aí você soma a criança afegã, a criança palestina, a criança vietnamita, e nós ficamos aqui muitas vezes perdendo tempo com quinquilharias, vendo estes bandidos, criminosos!
O Obama! O (Barack) Obama, que decepção, Obama. Mais mortes no Afeganistão! Só nesta semana mataram 600 no Iraque e eles ficam falando para o mundo que o Iraque está em paz e que o Afeganistão estará em paz. Que paz?
E aí eles batem em quem? No Lula, um operário que sai pelo mundo fazer a pregação da paz, lutando para que todos possam ser ouvidos, para que possamos então caminhar na direção da paz.
Lembro-me, sim, de uma jornalista – pelas quais tenho o maior respeito – querendo provar, estando no Rio de Janeiro, que aquele ataque que se fez a essa escola foi proveniente de uma resposta aos terroristas que estavam ali homiziados.
Terrorismo de Estado é isso que os Estados Unidos praticam com os seus aliados no mundo todo e depois, brasileiros, de 500 anos de exploração, nós temos um presidente da República que faz essa mudança e logicamente que as vozes do atraso se levantam para impedir que as políticas públicas que foram implantadas neste país não possam ser concretizadas.
E aí vem o preconceito: a candidata é uma mulher! Quanto atraso! O mundo precisa ser mudado. Outro dia, lá na Espanha, lá na região de Barcelona, onde os espanhóis cantam as suas peculiaridades regionais, eles botaram um fim às touradas, essa boçalidade que ainda continua a existir.
O ser humano, com cérebro, esmagando o animal que lhe serve de comida. Aqui em Santa Catarina era preciso que se levantassem e acabassem com essa maldita Farra do Boi. Farra dos ignorantes! Que tradição é essa?
E vão aparecer os defensores das touradas, os defensores das banqueiradas, daqueles que fabricam fome, miséria e desemprego, vão aparecer aqueles que vão defender a farra do boi, vão defender as agressões dos Estados Unidos, como outro dia uma tribo de nômades no deserto comemorava o casamento de dois jovens das tribos que ali vivem e os americanos apareceram lá e dizimaram, mataram todo mundo, crianças, velhos, a noiva, o noivo e no outro dia eles apareceram na imprensa pedindo desculpas.
Vi essa criança afegã chorando e tive vontade de chorar com ela! Uma criança com nove anos que olha para a mão que foi arrancada e tem gente que concorda com isso! Olha, dá nojo ter que conviver, no século XXI, com esses fabricantes de morte, fabricantes de miséria e as elites querem que essas coisas continuem. Querem, sim.
É por isso que a eleição, qualquer seja a eleição, pode ser um salto de qualidade para que possamos caminhar na direção do amanhã, mas um amanhã com um sol que seja repartido para todo mundo e não como agora.
Saí daquele comício reconfortado. Não tivesse acontecido mais nada, só aquele depoimento daquela menina que saiu das ruas para a universidade, bastaria para que eu pudesse votar na Dilma Rousseff para presidência da República.
Aqui no Paraná, vamos ganhar a eleição com as políticas públicas que nós implantamos. Tiramos os impostos dos pequenos. E essa coisa toda vai acabar desembocando na vitória do nosso candidato Osmar Dias aqui no Paraná e Dilma Rousseff no Brasil.
Muito obrigado!
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
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