quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pugliesi alerta peemedebistas que o partido poderá discutir penas para infidelidade

O PMDB do Paraná estuda abrir uma discussão no partido sobre as medidas que podem ser adotadas contra os filiados que não cumpram a cláusula da fidelidade partidária. A informação é do presidente estadual, deputado Waldyr Pugliesi, à jornalista Elizabete Castro, do jornal O Estado do Paraná.

“O partido vai agir de alguma forma. Mas eu já disse que essa será uma campanha em que vai haver uma overdose de traições. E de todos os lados”, disse. Para Pugliesi, as rivalidades locais estão determinando as posições na disputa. Estas divergências locais terão que ser contornadas, afirmou.

Pugliesi disse que a costura da aliança entre PMDB, PDT e PT foi demorada e que os conflitos terão que ser administrados a partir de agora. “Nós dedicamos muito tempo para fazer esta coligação e agora, chegamos a outra etapa. Nós vamos trabalhar pela unidade partidária e esperamos que prevaleça a consciência partidária”, concluiu.

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Nem todo infiel será castigado pelos partidos


Elizabete Castro

Esta é a primeira campanha eleitoral para o governo em que está vigorando a resolução da fidelidade partidária. Mas as direções dos partidos não parecem muito dispostas a se valer das regras baixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para coibir deserções em suas fileiras. A lei da fidelidade ainda não foi invocada nem no PMDB nem no PSDB que estão tendo problemas para controlar as oscilações de posições entre seus prefeitos. O presidente estadual do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi, disse que pretende abrir uma discussão no partido sobre as medidas que podem ser adotadas contra os filiados infiéis.

“O partido vai agir de alguma forma. Mas eu já disse que essa será uma campanha em que vai haver uma overdose de traições. E de todos os lados”, comentou o dirigente peemedebista. Já o presidente do PSDB, Valdir Rossoni, acha que as situações de infidelidade no partido são isoladas e não justificam nenhuma ação especial. Pelo menos, até agora, ressaltou. Um dos exemplos de mudança de lado entre os tucanos é o do prefeito de Chopinzinho, Vanderlei Crestani, que participou de reunião da coligação adversária em Curitiba e declarou apoio à ex-ministra Dilma Rousseff.

“O que ele deveria fazer é nos respeitar e pedir o afastamento do partido. Porque ele não pode usar o nosso partido para fazer chacota”, afirmou Rossoni. Por enquanto, Rossoni disse que não avaliou a possibilidade de estabelecer punições ao prefeito. “Não temos essa necessidade. Ele que nos respeite e se afaste”, afirmou.

Rivalidades

Para Pugliesi, as rivalidades locais estão determinando as posições na disputa. É o que ocorre no PMDB em Almirante Tamandaré, onde o prefeito Wilson Goinski declarou apoio ao candidato ao governo, Beto Richa (PSDB). Os principais adversários de Goinski no município seriam do PDT, o partido do candidato ao governo, Osmar Dias.

Estas divergências locais terão que ser contornadas, afirmou Pugliesi. Ele disse que a costura da aliança entre PMDB, PDT e PT foi demorada e que os conflitos terão que ser administrados a partir de agora. “Nós dedicamos muito tempo para fazer esta coligação e agora, chegamos a outra etapa. Nós vamos trabalhar pela unidade partidária e esperamos que prevaleça a consciência partidária”, afirmou.

Exceção

Por enquanto, apenas a direção estadual do PPS anunciou que será rígida quanto ao cumprimento da fidelidade partidária. Os diretórios municipais serão destituídos caso seus dirigentes não respeitem a orientação da direção estadual, já avisou Marcos Isfer, presidente em exercício do PPS. “Não vamos admitir apoios a candidatos de outra coligação. É a maneira que temos de fortalecer o PPS. O que vale é o interesse coletivo, não o individual. No PPS exigimos atitudes transparentes dos candidatos e filiados. É um alerta aos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores”, disse Isfer, que teria sido informado de movimentos no interior em direção à campanha de Osmar.

Foto: Fábio Alexandre

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