sexta-feira, 25 de junho de 2010

PMDB do Paraná quer ir unido para convenção neste domingo (27), afirma Waldyr Pugliesi

A Executiva Estadual do PMDB se reúne na manhã deste sábado (26), às 10h, pela última vez antes da convenção estadual, das 9h às 14h de domingo (27) no Shopping Estação no Centro de Curitiba. “Nós queremos ir para essa convenção com o quadro definido. Acho que esses problemas não deveriam ultrapassar o dia de amanhã [hoje]”. A declaração é do presidente do PMDB do Paraná, deputado Waldyr Pugliesi, nesta sexta-feira (25) do jornal Gazeta do Povo.

Em reportagem assinada por Caroline Olinda e André Gonçalves, Pugliesi também falou da atitude do governador Orlando Pessuti para garantir a unidade do PMDB com os outros partidos que integram a base de apoio do presidente Lula.

“O Pessuti, num gesto de desprendimento, falou que poderia deixar de ser candidato desde que houvesse uma grande coligação, na qual os interesses partidários de todos fossem contemplados. Se nós, que temos um candidato ao governo do estado, abrimos mão da cabeça [de chapa], cada um tem de dar a sua contribuição”, afirmou Pugliesi.

O blog reproduz a seguir a íntegra da reportagem

Impasses entre PMDB e PT adiam anúncio oficial de Osmar


Peemedebistas e petistas ainda não se acertaram sobre coligação nas eleições para deputado. Pessuti e Requião medem forças para ver quem indica o vice


Por Caroline Olinda e André Gonçalves, na Gazeta do Povo:


Curitiba e Brasília - Prometida para ontem, a confirmação do senador Osmar Dias (PDT) como candidato ao governo do estado não saiu. Agora o motivo para o adiamento da resposta de Osmar seria a indefinição dentro do PT e PMDB. Os dois partidos negociam as condições impostas pelo governador Orlando Pessuti para desistir da candidatura ao governo do estado.

Os peemedebistas enfrentam ainda uma disputa interna entre Pessuti e o ex-governador Roberto Requião. Cada um quer preponderar nas negociações, em especial na indicação do candidato a vice de Osmar. “No período mais difícil, pouca gente quis participar. É a história do patinho feito que virou cisne e agora todo mundo quer le­­­var para casa”, disse o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB).


Outro impasse é a reprodução, na disputa para vagas na Assem­­­bleia e na Câmara Federal, da aliança que será feita na eleição ao governo. O PMDB insiste em fechar a coligação com o PT e o PDT também na chapa para deputado federal e estadual. Os petistas, no entanto, resistem a essa proposta.

“O Pessuti, num gesto de desprendimento, falou que poderia deixar de ser candidato desde que houvesse uma grande coligação, na qual os interesses partidários de todos fossem contemplados. Se nós, que temos um candidato ao governo do estado, abrimos mão da cabeça [de chapa], cada um tem de dar a sua contribuição”, afirmou o presidente estadual do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi.

Os peemedebistas querem estar coligados na disputa às vagas de deputados porque garantiriam bancadas maiores. Já o PT acredita que, com essa composição, sua participação na Assembleia e na Câmara tende a diminuir.

Na tarde de ontem, Pugliesi e os presidentes estaduais do PT, Ênio Verri, e do PDT, Augustinho Zuchi, se reuniram para tratar da coligação entre as três legendas na eleição para deputado. O tema deve afetar outros parceiros, como PCdoB, PSC, PRB e PR.

Ainda havia a expectativa de um encontro entre Osmar Dias e Orlando Pessuti durante a noite, em Curitiba para definir alguns detalhes. A reunião, porém, não foi confirmada. Segundo a assessoria de Pessuti, ele passaria a noite em casa em repouso para de recuperar de fortes dores nas costas.

A intenção do PMDB é que a questão da aliança esteja fechada até a convenção do partido, no domingo, mesma data da convenção petista. “Nós queremos ir para essa convenção com o quadro definido. Acho que esses problemas não deveriam ultrapassar o dia de amanhã [hoje]”, disse Pugliesi.

Segundo a candidata do PT ao Senado, Gleisi Hoffmann, a formação de uma chapa conjunta na eleição para deputado prejudicará, em especial, os parlamentares estaduais do partido. “Além disso, ainda precisamos ver outras vagas que estão abertas. Entre elas, as duas da suplência de Requião para o Senado.”

Gleisi garantiu que as discordâncias não serão problema para a oficialização da aliança. Ela também adiantou que o presidente Lula e a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, devem comparecer ao estado em um evento preparado para celebrar a união entre os três partidos. O encontro pode acontecer no próximo fim de semana.

Já o anúncio da formalização da chapa, que deveria ter sido feito ontem em uma entrevista coletiva em Curitiba, ainda não tem data para ocorrer. A tendência é que seja amanhã, para não concorrer com o jogo entre Brasil e Portugal, hoje. O adiamento ocorreu a pedido de Pessuti, que requisitou mais tempo para negociar internamente e com os petistas.

Enquanto isso, prossegue a possibilidade de que a aliança seja desfeita caso Alvaro Dias (PSDB) seja indicado a vice de José Serra. As chances, no entanto, são quase remotas (veja mais na reportagem abaixo). O próprio Osmar também disse anteontem que não esperaria até o fim de semana por uma resposta dos tucanos. Já Serra afirmou que a escolha de seu vice só deve sair a partir de amanhã.

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