segunda-feira, 7 de junho de 2010

Astorga prepara programa de coleta seletiva

Astorga está prestes a lançar um projeto piloto de coleta seletiva de lixo, envolvendo três mil famílias. O programa visa conscientizar a população a criar o hábito da separação do lixo nas residências. Serão distribuídos kits, contendo bombona para o lixo orgânico, sacola para o material reciclável e um coletor para óleo de cozinha usado. Além do kit, a população vai receber folheto explicativo e a visita de um membro do programa para esclarecer dúvidas.

Parceria do Município com a Big Frango, de Rolândia, vai possibilitar a coleta de óleo de cozinha usado e parte do valor obtido com a venda do óleo será revertido para uma entidade de Astorga. Serão montados pontos de coletas na cidade e o material recolhido será usado na produção de biodiesel.

Empenhado no desenvolvimento do Projeto, o prefeito Arquimedes Ziroldo comenta que faltam alguns detalhes a serem acertados. “Estamos buscando parcerias com empresas que poderão nos auxiliar no trabalho. Essa responsabilidade é de todos nós e estamos abraçando a causa”, diz o prefeito. Com recurso do Ministério da Agricultura e Meio Ambiente foram adquiridos um caminhão para a coleta seletiva, prensa e lixeiras que serão instaladas na cidade.

“Separar o lixo é uma questão de hábito que temos que ter”, diz a coordenadora do projeto Eliza Teixeira Monteiro. Conforme explica a profissional, até 2001 Astorga mantinha um depósito a céu aberto, o antigo “lixão”. A partir daí foi criado o aterro controlado, com a criação da Assepar e abertura de 15 valas para depósito de lixo, que deveria durar 15 anos, entretanto duraram 9. “Se não nos unirmos agora, Astorga poderá ser cercada por aterros. A área utilizada para o lixo fica contaminada e não pode ser usada para mais nada", diz Eliza.

O Projeto conta também com a ajuda dos alunos do Ceasfam que estão passando por treinamento para auxiliar no trabalho junto à população. As equipes do Programa Saúde da Família participaram de uma palestra, conheceram o aterro controlado para entender o funcionamento da coleta seletiva em Astorga e esclarecer dúvidas da população.

O Programa está sendo desenvolvida pela Prefeitura, com o apoio da Sodema e Assepar.

Lixo produzido
Astorga produz, em média, 12 toneladas de resíduos por dia. Sessenta por cento de material orgânico (restos de alimentos), 20% de rejeito (lixo de banheiro) e 20% de material reciclável. Destes 20% que poderiam ser reciclado, apenas 7% é separado e vai para reciclagem. Treze por cento está sendo enterrado por falta da separação que deveria ser realizada pela população.

Coleta Seletiva
A coleta seletiva acontece duas vezes por semana em dias contrários a coleta do lixo orgânico. O material recolhidos vai para o barracão da Assepar – Associação de Separadores para reciclagem, que chegou a ter 21 associados, hoje são oito. Os membros da Assepar vivem da comercialização dos materiais recicláveis, que rende aproximadamente um salário mínimo por mês.

Há 9 anos na associação, Marlene Martins, que já foi garimpeira do lixão a céu aberto, mantém dois filhos com a renda obtida por meio dos recicláveis. “Quanto mais as pessoas separam o lixo, melhor para nós que vivemos dele”, diz Marlene.

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