terça-feira, 29 de junho de 2010

Deputado Waldyr Pugliesi reconhece dificuldade na articulação política do Paraná

O presidente do PMDB do Paraná, deputado Waldyr Pugliesi, reconheceu as dificuldades nas articulações políticas para a formação de uma aliança dos partidos que apoiam o Governo Federal no Paraná. O nó a ser desatado é a possibildiade dos irmãos senadores Osmar e Alvaro Dias (PDT e PSDT), virem a se enfrentar nas urnas.

Alvaro poderá ser indicado para vice da chapa presidencial do PSDB, fato que impediria Osmar de disputar o Governo do Estado. Neste caso, o pedetista disputaria a reeleição ao Senado. Enquanto não sai esta definição, PMDB, PDT e PT não estão encontrando uma alternativa para fechar a aliança no Estado.

“Nós estamos protelando a decisão até que se defina se o Alvaro é ou não candidato”, declarou Pugleisi a jornalista Elizabete Castro, de O Estado do Paraná. O deputado coordenou, no início da noite de segunda-feira (28), mais uma reunião dos deputados do PMDB - 17 estaduais e 7 federais - para chegar a uma solução.

Confiram a seguir à íntegra da matéria:

PDT, PDMB e PT tiveram mais um dia de indecisão


Por Elizabete Castro, em O Estado do Paraná:

O tempo está se esgotando, mas PT, PMDB e PDT gastaram mais um dia esperando o desfecho das negociações sobre a indicação do senador Alvaro Dias (PSDB) como candidato a vice-presidente na chapa do ex-governador José Serra (PSDB).

Pressionado pelos laços de família, o senador Osmar Dias (PDT) deixou claro que não disputa o governo se o irmão for confirmado candidato. Amanhã, à meia-noite, termina o prazo para que os partidos entreguem as atas oficiais de suas convenções com todos os nomes dos candidatos e cargos que irão disputar.

O atraso nas decisões obrigou o PT a cancelar a vinda a Curitiba, hoje, da candidata a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), que havia se programado para anunciar a aliança entre os três partidos em torno da candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo.

O panorama no final da tarde apontava para a existência de dois palanques para a ex-ministra. Seriam duas candidaturas ao governo, uma do PT e outra do PMDB, e três ou quatro candidatos ao Senado.

O senador Osmar Dias (PDT), núcleo do impasse, iria se encaixar como candidato ao Senado numa coligação com o PMDB, que teria o governador Orlando Pessuti concorrendo à reeleição. Nesse esboço, Osmar iria compartilhar a chapa com o ex-governador Roberto Requião, também candidato ao Senado.

No outro palanque, estaria o PT e partidos menores, como o PR, PC do B e PRB. O ex-prefeito de Londrina Nedson Micheleti e o militante Luiz Herlain apresentaram suas pré-candidaturas na convenção do PT, realizada domingo, mas outras alternativas também podem ser consideradas, admitiu o presidente estadual do PT, Enio Verri.

Antes de embarcar para Brasília, onde foi detalhar a situação eleitoral do Paraná à direção nacional, Verri disse que nem mesmo uma candidatura de Gleisi Hoffmann ao governo pode ser definitivamente descartada.

Indicada para disputar o Senado, Gleisi poderia ser convocada a assumir a candidatura ao governo. Assim como também Verri está na lista das possibilidades.

“Neste momento, não trabalhamos com estes nomes. O Nedson se colocou à disposição. Mas esse cenário pode mudar muito rápido. Tudo pode mudar a qualquer instante”, comentou Verri.

No PMDB, a situação é igualmente confusa. O presidente estadual do partido, Waldyr Pugliesi, reconhece que está difícil definir o palanque diante do impasse envolvendo a família Dias.

Ontem, no início da noite, o partido iria se reunir mais uma vez com o governador Orlando Pessuti para discutir os rumos da sucessão. “Nós estamos protelando a decisão até que se defina se o Alvaro é ou não candidato”, disse.

Pugliesi disse que não arrisca mais palpites sobre o final do suspense. “O tempo está correndo. Eu, que sou sempre cauteloso, cheguei a dar entrevistas muito otimistas apontando para um desfecho bem-sucedido. Estava 99 a 1. E o 1 acabou prevalecendo até este momento”,desabafou.

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